ATLAS | Confira nossa resenha


Hoje assisti ao filme "Atlas" na Netflix, estrelado por Jennifer Lopez. Esta obra de ficção científica tenta explorar temas profundos, mas acaba abraçando muitos clichês do gênero. Desde o início, o filme aborda a questão da inteligência artificial, inclusive mencionando Isaac Asimov. No entanto, essa premissa interessante é rapidamente deixada de lado, e o desenvolvimento da trama não consegue sustentar a profundidade prometida inicialmente.

Atlas (Jlo) é um protagonista com um início promissor, intrigante e multifacetada. Contudo, conforme a história avança, seu desenvolvimento se perde, prejudicando o impacto emocional e narrativo do filme. Não sei se a culpa vai da narrativa ou da interpretação da atriz. Os dois não me agradaram muito.
O grande destaque de "Atlas" é a inteligência artificial chamada Smith. Esse personagem, dotado de carisma e complexidade, é quem realmente rouba a cena. Smith não só traz um alívio cômico e emocional, mas também é crucial para humanizar a protagonista criando uma dinâmica interessante entre os dois. A presença de Smith é, sem dúvida, o ponto alto, tornando-se o elemento mais memorável da trama.

Infelizmente, os outros personagens do filme parecem estar ali apenas para preencher espaço. Suas contribuições para a história são mínimas e pouco impactantes, resultando em um elenco secundário fraco que não sustenta o interesse.

No quesito ação, "Atlas" demora para engrenar. As cenas de ação e suspense são escassas nos dois primeiros atos, concentrando os momentos mais intensos apenas no terceiro ato. Esse ritmo desigual pode frustrar os espectadores que esperam um filme mais dinâmico desde o começo.

"Atlas" lembra aqueles filmes de ficção científica que assistimos na TV sem muita pretensão ou profundidade. É uma experiência que se consome rapidamente e logo se esquece. Talvez essa impressão tenha sido reforçada pelo fato de eu ter assistido a "Atlas" logo após rever "Perdido em Marte", aí fica difícil.

Trocando em miúdos, "Atlas" é um filme que vale a pena assistir se você está em busca de uma diversão descompromissada. No entanto, não espere muito no quesito profundidade.





Cearense com gosto de gás! CEO do Callango Nerd, cinéfilo, crítico, redator, desenhista, designer gráfico, professor de Cearensês e Mestre Jedi na arte de fazer piada ruim.

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